terça-feira, 25 de dezembro de 2007

País investe R$ 1,5 bi em diesel menos poluente

A Petrobras vai instalar duas novas unidades de produção na Refinaria Landulpho Alves, em São Francisco do Conde, na Bahia para produção de diesel e gasolina com menor teor de enxofre, que terá no máximo 50 ppm (partículas por milhão), o S50. Além disso, o projeto viabilizará maior retorno na exportação da produção excedente, permitindo à refinaria o processamento de petróleo nacional com maior rentabilidade.

As começam em janeiro e a previsão é de que gerem 5 mil empregos. As obras incluem unidades de hidrodessulfurização de hafta craqueada, uUnidade de geração de hidrogênio e um gasoduto que permitirá o suprimento de gás natural à refinaria. A produção nessas unidades terá início em março de 2010.

O total de investimento nos projetos é da ordem de US$ 1,5 bilhão. A Petrobrás vai ainda recuperar 180 quilômetros de estradas baianas localizadas em áreas onde há tráfego intenso de veículos de carga da estatal ou de empresas terceirizadas. Serão contemplados os municipios de Alagoinhas, Pojuca, Candeias, São Francisco do Conde, Catu e Araças.

A recuperação das estradas é fundamental para o transporte com segurança, reduzindo os riscos ambientais do transporte de petróleo e derivados. Além disso, nos próximos anos, será cada vez mais crescente a demanda por combustíveis e biocombustíveis: a produção de oleaginosas, por exemplo, bem como a implantação de unidades industriais para produção de biodiesel, dependerá da infra-estrutura para atender a logística de distribuição desse combustível já a partir de 2008.

Fonte: Paraiba

Avanço do biocombustível brasileiro depende de ajustes, diz especialista

A produção de biocombustíveis pode render resultados econômicos positivos sem precedentes para o Brasil caso cresça acompanhada de adequações tributárias e da adoção de um planejamento unificado de políticas de incentivo.

A análise foi feita em entrevista à Agência Brasil por Roberto Rodrigues, reconhecido como um dos maiores especialistas nacionais do setor: é coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV), presidente do Conselho do Agronegócio da Federação da Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e membro da Comissão Interamericana de Etanol.

Segundo Rodrigues, alguns estados brasileiros têm alíquotas do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) altíssimas, que inibem o crescimento do consumo de etanol. Externamente, o problema é a inexistência de um mercado consolidado de etanol. A solução seria a ampliação da produção do produto em outros países.

“Ninguém vai substituir o petróleo se um único país estiver produzindo de forma maciça. O Brasil deve vender tecnologia e conhecimento para outros países. E os países consumidores devem criar regras legais que determinem a mistura compulsória do etanol na gasolina.”

Ao lembrar que não se constrói mercado a partir do voluntarismo, Rodrigues critica a falta de consenso de autoridades brasileiras sobre o tema. “Temos que ter modelo distributivo de renda, atento às questões ambientais e logísticas. Há um conjunto enorme de decisões que passam por diversos organismos ministeriais que não conversam entre si”, afirmou.

Se o Brasil conseguir superar os entraves, o membro da Comissão Interamericana de Etanol garante que o "horizonte para o biocombustível é positivo". Ele lembra que organismos internacionais de energia calculam para os próximos 30 anos um crescimento da demanda mundial por combustíveis líquidos de 55%, com oferta de petróleo inversamente proporcional. Prognóstico que faz do etanol e do biodiesel opções naturais.

Rodrigues não se arrisca a dizer que árvores não serão arrancadas no Brasil para plantação de cana, mas também não crê que a expansão da cultura se torne uma ameaça para a Amazônia, em virtude de uma preferência lógica pelas áreas de pastagens.
“É muito mais barato e mais fácil. Avançar na floresta, onde não existe logística de escoamento, é perda de dinheiro.”


A produção de cana em áreas já desmatadas da Amazônia merece, segundo ele, ser melhor estudada, ainda que seja voltada para atender apenas a demanda de insumos e suprimentos dos 20 milhões de habitantes da região.

Os possíveis riscos de a expansão da cana interferir na produção de alimentos do Brasil são descartados por Rodrigues. “Dos 62 milhões de hectares agricultados do Brasil, 5% são cultivados com cana-de-açúcar. Temos potencial de 90 milhões de hectares atualmente ocupados por pastagens, aptos a culturas agrícolas. Desses, 22 milhões tem condições de produzir cana, o que permitiria ampliar 7 vezes a área atual cultivada. Em 15 anos, podemos produzir o dobro de cana por hectare, multiplicando por quinze a produção anual de etanol do Brasil, que chegaria a 300 bilhões de litros ao ano. Sobraria ainda 68 milhões de hectares para alimentos.”

Fonte:

Destino do óleo de cozinha


Já pensou se todos os dias, ao abastecer seu carro, você pedisse para o frentista jogar uma parte da gasolina no ralo do posto? Pois é isso que muitos brasileiros fazem com o óleo de cozinha usado. Seja em casa ou no comércio, boa parte dele acaba sendo despejado no ralo, nas pias ou até mesmo no vaso sanitário. É puro desperdício. Afinal, já há tecnologia que permite transformar esse lixo em riqueza.

Atualmente, mais de 20 usinas em funcionamento no Brasil captam o óleo de fritura e o transformam em biodiesel. Enquanto o diesel de petróleo custa cerca de R$ 1,80, o biodiesel de óleo de cozinha sai por menos de R$ 1,00. E mais: ele emite até 40% menos gases de Efeito Estufa do que o diesel de petróleo. Mas, quando descartado incorretamente, uma só gota desse óleo é capaz de poluir um milhão de litros de água.

Ao chegar aos rios, ele forma uma fina película sobre a superfície, que diminui sensivelmente a passagem de luz e oxigênio, asfixiando os peixes. Na verdade, o problema do óleo de cozinha é o mesmo da maioria dos resíduos, tais como as garrafas PET e as sacolinhas de supermercado.

O problema não é a existência desses produtos em si, mas o seu descarte incorreto. Até que a indústria seja capaz de produzir garrafas e sacolinhas sem petróleo, o correto é reciclá-las por meio dos programas de Coleta Seletiva. A reciclagem diminui sensivelmente o gasto com água e energia elétrica. Uma lata de alumínio reciclada, por exemplo, economiza o equivalente a 3 horas de tevê ligada. E não custa nada reciclar ou reaproveitar. Faz bem para o bolso e para a saúde do Planeta.

Fonte: A Tribuna Digital