sábado, 12 de julho de 2008

Situação da Brasil Ecodiesel em 2007

Apesar de apresntar um prejuízo liquido R$ 37,7 milhões, o líder da produção de biodiesel no país, a Brasil Ecodiesel encerrou 2007 registrando crescimento de 533,9% em relação a 2006 e sendo responsável por 52,6% de todo o biodiesel produzido no país. Assim anúnciou, no balanço de suas atividades financeiras e operacionais no quarto trimestre de 2007, além de uma avaliação do setor de biodiesel no ano passado.

O diretor de Relações com Investidores da empresa Ricardo Vianna anunciou que a empresa registrou receita líquida de R$ 134,3 milhões no quarto trimestre e de R$ 335,6 milhões em 2007, quando a empresa vendeu 75,763 milhões de litros de biodiesel no trimestre, num total de 190,434 milhões de litros durante todo ano. Este volume confirma um crescimento trimestral médio de 70% desde o primeiro trimestre de 2006.

"Enfrentamos vários desafios em 2007, ano em que o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) ainda se encontrava em fase preliminar, de uso autorizativo. Em 2008 iniciou-se a fase de uso obrigatório do biodiesel, tornando o Programa irreversível. Verificamos que de fato já existe no país capacidade produtiva para atender às demandas de uso do B2 e do B3 e a Brasil Ecodiesel se orgulha de ter ajudado nesse processo de introdução do biodiesel, que elevou o país a ser um modelo de sucesso na produção de biodiesel", afirmou Ricardo Vianna.

Entre as projeções para 2008, Vianna ressaltou a antecipação feita pelo Governo Federal da obrigatoriedade do B3 para 1º de julho próximo. Segundo ele, a medida demonstra a consolidação do mercado brasileiro e a tendência de antecipar o B5 de 2013 para 2010. "Também é muito importante para o setor o anúncio feito pela Comissão Européia ao Parlamento Europeu no ano passado, com a sugestão de estabelecer um percentual obrigatório de 10% de biocombustíveis nos combustíveis minerais a partir de 2020. Acreditamos que a medida deverá abrir uma janela significativa para exportação", completou Vianna.

O prejuízo líquido de R$ 24,4 milhões registrado no quarto trimestre, num total contabilizado de R$ 37,7 milhões em 2007, deve-se, principalmente à elevação nas cotações dos óleos vegetais e à operação abaixo da capacidade industrial. "Ainda que o rendimento dos nossos negócios tenha sido impactado pelo volume de vendas inferior ao previsto, por conta da não-retirada do biodiesel ao longo do ano, a Brasil Ecodiesel verificou forte aumento nas vendas no último trimestre de 2007, quando as distribuidoras de combustível ampliaram seus investimentos na logística e distribuição de biodiesel com a chegada da obrigatoriedade do B2.

CONSOLIDAÇÃO

A Brasil Ecodiesel ampliou consideravelmente sua estrutura industrial em 2007. Hoje, possui seis unidades – Floriano (PI), Iraquara (BA), Crateús (CE), Porto Nacional (TO), Itaqui (MA) e Rosário do Sul (RS) - em pleno funcionamento comercial, alcançando 640 milhões de litros de capacidade de produção anual. Tal capacidade coloca a Brasil Ecodiesel como a maior empresa de biodiesel do país e entre uma das maiores empresas do mundo.

Paralelamente, a companhia concluiu, em meados de 2007, a instalação da unidade de extração de óleo vegetal integrada à usina de transesterificação em Iraquara e o processo de modernização da unidade de extração de óleo de São Luiz Gonzaga. Uma nova unidade de extração de óleo integrada à usina de Porto Nacional está em fase inicial de construção.

NOVOS INVESTIMENTOS NA CADEIA AGRÍCOLA

Com a concretização da ampliação industrial da Brasil Ecodiesel, a empresa volta agora seus esforços para a expansão das cadeias de originação agrícola. Em 2007, a implementação de novas cadeias, como as de mamona e girassol, não ocorreu no ritmo planejado. A seca que atingiu grande parte das regiões produtoras de mamona e as chuvas de granizo em regiões do Sul produtoras de girassol retardaram a estratégia da Ecod de reduzir do óleo de soja como principal fonte para produção de biodiesel.

"O pequeno volume de grãos colhidos inviabilizou que fossem processados para obtenção de óleo vegetal e produção de biodiesel. Optamos, portanto, por estocar os grãos da safra passada, que serão processamos juntamente com a safra deste ano. Nossa expectativa é de que oleaginosas como a mamona e o girassol ocupem até 25% no mix de originação de matérias-primas para produção de biodiesel em 2008", explicou Ricardo Vianna, que ratificou a meta da empresa em seguir fomentando o cultivo de matérias-primas alternativas à soja.

O Pinhão-manso (Jatropha curcas), por exemplo, também ocupa lugar de destaque na visão estratégica da empresa, que tem conhecimento ímpar no mundo sobre o comportamento desta oleaginosa. Já são 14 mil hectares plantados pela Brasil Ecodiesel, que conta com 63 mil ha de fazendas próprias ou terras arrendadas para plantio.

Fonte: CDN – Comunicação Corporativa
Fabiana Castro - Jornalista
Telefone: (21) 3535-8353

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