A questão da energia encabeça todas as listas de ações prioritárias a serem desencadeadas para a salvaguarda do planeta. Nossa civilização se tornou uma insaciável vampira de energia (sobretudo a elétrica), e a consome muitas vezes de forma desnecessária e perdulária – os feéricos letreiros de Las Vegas que o digam. Enquanto isso, produzi-la implica, em muitos países, queimar petróleo ou carvão, combustíveis fósseis altamente poluidores. A maioria dos especialistas afirma que reduzir esse consumo é prioritário, urgente e perfeitamente possível. Podemos começar pelo nosso próprio lar.
Os eletrodomésticos têm ampliado enormemente nossas possibilidades de cultura e lazer, e a tendência é que os lares acumulem um número cada vez maior desses aparelhos. Para amenizar o impacto no consumo de energia, porém, é preciso investir em equipamentos elétricos com a maior eficiência energética possível. Um item relevante: a posição stand by – aquela em que o aparelho supostamente está desligado, mas continua a consumir energia – deve desaparecer. Se o número de aparelhos na casa em stand by for grande, a conta de luz pode aumentar até 25% num mês.
ECONOMIA Casas que geram sua própria energia (acima) devem se disseminar. Já a posição stand by (abaixo) tende a desaparecer
Cada vez mais, será preciso investir em energias renováveis. Dentre elas, a que tem mais futuro, dizem os especialistas, é a solar: a fonte se manterá por mais alguns bilhões de anos, está disponível em praticamente toda a Terra e, característica fundamental, não polui.
Mas as outras formas de energia renovável não devem ser desprezadas – a eólica, a de biomassa, a hidráulica, a energia das ondas marítimas, a energia geotérmica, etc. Basta aproveitá- las onde forem mais viáveis em termos econômicos e ambientais.
Quanto à energia nuclear, ela é, de fato, uma das menos poluentes, mas os riscos que seu uso implica são tão grandes que assustam – basta lembrar a tragédia de Chernobyl. Pelo sim, pelo não, a tendência é investir nessa alternativa só em última instância.
Um domicílio não poderia também gerar energia? Em certos países, a resposta a essa questão já é afirmativa – e ambientalmente aprovada. Para tanto, é preciso que a produção e a distribuição de energia não estejam nas mãos da mesma empresa. Com isso, os proprietários dos imóveis poderiam instalar instrumentos de geração de energia em pequena escala, com relação custo-benefício que torne o negócio viável. Na Grã-Bretanha e em vários outros países da Europa começa a se espalhar o conceito de casas em que parte do telhado é ocupada por painéis solares. Dependendo do local, outras formas de energia podem ser aproveitadas.
Para disseminar essa idéia, uma boa opção é a obrigatoriedade. Em Israel, a instalação de aquecedores solares é compulsória desde 1980. No início deste ano, a Prefeitura de São Paulo obrigou todas as novas edificações a instalar um sistema de aquecimento solar que deverá atender a pelo menos 40% da demanda anual de água aquecida consumida por usuário
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segunda-feira, 2 de junho de 2008
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