quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Colômbia apura denuncias sobre os biocombustiveis

Em 2008, este país produzirá 645 mil toneladas anuais de biodiesel extraído do óleo de palma. A produção se somara à de etanol, extraída da cana-de-açucar, obtendo 25 milhões de litros mensais.

De maneira simultânea, estão em andamento projetos para extração etanol de outro vegetais: Mandioca, batata e beterraba, cujo cultivo massivo se realiza em zonas afastadas de selvas e bosques e, portanto, não as porá em risco, afirma o Ministério da Agricultura.
A extensão do plantio palma para óleo é acompanhada de criticas crescentes dentro e fora do país.

Existem 285 mil hectares de cultivos de palma africana, destinada para biocombustíveis.
No seu segundo mandato consecutivo, Álvaro Uribe, anunciou seu propósito de alcançar um milhão de hectares de palma.

“Em silencio iniciou-se a compra de grandes extensões de terra, em regiões de comunidades indígenas, distantes entre elas, sem possibilidade de comunicação e informações, e as que as companhias estrangeiras visitam, contam maravilhas e faz com que elas assinem documentos sem que elas conheçam a realidades dos outros”, afirmou.

“As histórias das plantações são dolorosas. Está manchada de sangue e lagrimas das comunidades negras e campesinas”, afirma no sitio da WEB da organização não governamental Água Viva.

“É a história das florestas desaparecidas para se transformar em plantações. È a história das culturas ancestrais transformadas em proletariados palmícolas. São exatamente estas vozes que propõe deter a destruição que propõe os defensores do biodiesel”, se agrega.
“Este tipo de megaprojeto, aumenta a concentração da terra em poucas mão e favorecem o despojo territorial que têm sofrido as comunidades indígenas durante todas as épocas a partir da chamada conquista espanhola”.

Além disso, “modificam as variedades normalmente cultivadas para assegurarem a produção de alimento e que favorecem a riqueza natural da terra, contrariamente às monoculturas”.

A gravidade destas denuncias levaram o Ministério da Agricultura a calcular que “pelo menos 25.000 hectares aptas para a produção de óleo de Palma, (que haviam sido) adjudicada pelo Estado a comunidades negras, foram adquiridas por particulares através de títulos ilegítimos”.

A situação gerou uma solicitação à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para a proteção dos direitos destas comunidades.

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