Domingos Tadeu/Divulgação Petrobras
20/06/2006
Lula coleta amostra do novo combustível produzido a partir do óleo vegetal e do petróleo
Durante a cerimônia do teste industrial para produção do H-BIO, por meio de processo de refino inédito no mundo, realizada na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, no Paraná, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, declarou que "o H-BIO é uma revolução de grandeza incomensurável para o século 21 na área de combustíveis". Lula afirmou ainda que, nos próximos anos, "o Brasil se transformará no país mais importante em energia no mundo".
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, reafirmou o compromisso da estatal em fortalecer a matriz energética nacional. "Ao desenvolvermos essa tecnologia, que é complementar ao biodiesel, estamos permitindo um avanço enorme na independência energética do Brasil também na área de óleo diesel". Gabrielli afirmou que o teste é apenas uma ponta do processo global da empresa na produção de combustíveis. "Estamos dando um passo para a criação de um novo tipo de economia no mundo. Já temos um programa crescente de biodiesel que envolve um grande número de agricultores familiares produzindo óleos vegetais". Além disso, concluiu Gabrielli, "possuímos mais de 700 postos vendendo biodiesel".
Também presente à cerimônia, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, ressaltou o marco histórico representado pelo novo combustível. "Este é um momento estratégico para o Brasil. O H-BIO completa o movimento para o processo afirmativo na área de energia. Considero uma revolução em buscar, que além do etanol, tenhamos também um modelo de combustível verde".
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, entre outras autoridades, também participaram do evento.
Antes da cerimônia, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, o gerente-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Abastecimento, Alípio Ferreira Pinto Júnior e o gerente geral da Repar , João Adolfo Oderich, concederam entrevista coletiva sobre o processo de produção do H-BIO para dezenas de jornalistas incluindo os correspondentes estrangeiros.
Diesel plantado
O H-BIO Diesel, que foi desenvolvido pelo Cenpes nos últimos 18 meses, entrará em escala industrial ainda em 2006. O novo processo vai utilizar óleo vegetal (a partir de grãos de soja, mamona e dendê, entre outros) como insumo para a obtenção de óleo diesel, por meio da hidrogenação de uma mistura de óleo vegetal e óleo mineral, como carga das refinarias. Testes recentes, realizados na Refinaria Gabriel Passos, localizada em Betim, Minas Gerais, confirmaram a viabilidade técnica e comercial do processo, cujo registro de patente já foi solicitado ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial.
Economia de divisas
O novo combustível apresenta diversas vantagens econômicas, ambientais e sociais quando comparado com o diesel convencional. Sua produção vai permitir ao Brasil reduzir as importações de óleo diesel, numa primeira fase, em cerca 250 milhões de litros por ano, contribuindo para o superávit comercial do País.
O alcance social da tecnologia do H-BIO está principalmente no aumento da demanda de soja e outras oleaginosas, inclusive passíveis de produção por pequenos agricultores, com geração de emprego e renda. As repercussões positivas para o meio ambiente estão tanto no processo industrial, que não gera resíduos a serem descartados, como na redução do enxofre na atmosfera, na medida em que será um combustível com menor teor dessa substância poluente.
Benefícios para o consumidor
Como a produção do H-BIO em escala comercial não exigirá a construção de novas plantas industriais, seu custo será inferior ao do diesel importado, gerando benefícios para o consumidor final. Será necessária apenas a implantação de infra-estrutura de transporte e armazenamento dos óleos vegetais.
O H-BIO será um complemento à produção de diesel nas refinarias, com a vantagem de manter as mesmas características do combustível derivado de petróleo, porém com teor de enxofre muito mais baixo. Sua diferença com relação ao biodiesel é que este necessita de construção de unidades próprias, já o H-BIO será produzido nas refinarias já existentes.
Enquanto o biodiesel é totalmente vegetal, o H-BIO é produto industrial da mistura de petróleo com óleos vegetais. Essa mistura é feita durante o processo de refino, nas unidades de hidrotratamento (HDT) das refinarias. Os dois projetos, H-BIO e Biodiesel, são complementares.
Pela proximidade com as áreas produtoras de soja no Brasil, no curto prazo, três refinarias estarão produzindo o novo combustível. Em dezembro de 2006, Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais, e em 2007, Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul. A Petrobras pretende estender esta produção para outras duas refinarias a partir de 2008.
Incentivo ao álcool, unidade de biodiesel da Petrobrás, nova tecnologia de produção de diesel com óleo vegetal e outras novidades
Agroenergia - 20/05/2006 - 02:38
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Minas e Energia aprova programa de incentivo ao álcool
A Comissão de Minas e Energia aprovou o Projeto de Lei 5369/05, do deputado Ivo José (PT-MG), que estabelece critérios para a criação do Programa Nacional de Microdestilarias de Álcool (Pronamicra) para promoção de desenvolvimento rural sustentável. A proposta tem como objetivo principal a geração de emprego e renda nas regiões carentes do País com vocação agrícola.
O projeto sugere a criação de um programa de incentivo e financiamento destinado prioritariamente às cooperativas de produção agrícola, aos inscritos em projetos de agricultura familiar, aos meeiros e parceiros de atividades agrícolas. Igualmente serão favorecidos pequenos e médios produtores rurais integrantes de projetos de reforma agrária.
O relator na comissão, deputado Betinho Rosado (PFL-RN), que defendeu a aprovação da matéria, destacou que a venda direta do álcool combustível produzido em pequenas destilarias para os postos revendedores da região ou para os consumidores finais pode trazer grandes benefícios à economia local.
"Para que as microdestilarias se tornem financeiramente viáveis, é fundamental que haja incentivos fiscais e que haja uma flexibilização da atual estrutura de comercialização do álcool combustível", explicou.
Rosado apresentou substitutivo em que faz duas alterações ao projeto. A primeira amplia de 5 mil para 10 mil litros de álcool a produção diária das cooperativas que poderão ser beneficiadas pelo Pronamicra. A segunda, de natureza tributária, isenta de impostos federais indiretos (os que são embutidos no preço final do produto) as receitas da produção e comercialização do álcool combustível pelas cooperativas. O objetivo, explica o relator, é reduzir o preço do álcool combustível para o consumidor final.
Além da instalação de pequenas destilarias, o Pronamicra terá a função de motivar o aproveitamento agrícola e industrial de outros produtos derivados da cana-de-açúcar e a utilização da palha e do bagaço de cana para projetos de geração de energia elétrica. Os financiamentos de microdestilarias de álcool poderão ser firmados com bancos estatais ou privados e terão prazo de 8 anos, com 2 anos de carência.
O autor da proposta afirma que a intenção é oferecer alternativa ao "perverso modelo econômico" que caracteriza a produção da cana-de-açúcar e do álcool no Brasil. Ivo José lembra que o Pro-álcool, cuja base é a produção em latifúndios monocultores e em grandes usinas de açúcar e álcool, sempre dependeu dos subsídios fornecidos pelo governo, por meio da Petrobras.
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Fonte: Agência Câmara)
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Petrobras inaugura unidade de biodiesel com tecnologia inovadora
A Petrobras inaugurou nesta sexta-feira (19/05), no Pólo Industrial de Guamaré (RN), uma planta experimental de biodiesel com tecnologia inovadora. Ao contrário da primeira planta piloto, também no Rio Grande do Norte, nessa unidade será produzido biodiesel diretamente a partir do grão, o que permitirá uma relação direta entre o produtor da mamona e a companhia.
"Essa planta, única no mundo, vai produzir biodiesel diretamente a partir do grão. Depois de passada pelos testes vai criar uma fonte direta do produtor da mamona, que entrega a saca para a produção de biodiesel sem precisar do esmagamento, sem necessitar da produção do óleo vegetal", observa o presidente da Petrobras Jose Sérgio Gabrielli.
O cultivo de oleaginosas que servirão de insumo para a produção de biodiesel deverá gerar emprego e renda para 5 mil famílias no Rio Grande do Norte. Estimam-se em 11.500 hectares de mamona e 1.500 hectares de girassol as áreas que serão cultivadas em todo o Rio Grande do Norte, para o fornecimento de matéria-prima, após o início da produção em escala industrial.
O forte engajamento da Petrobras ao programa de biocombustíveis, associado a sua relevância no que se refere ao desenvolvimento tecnológico e social do País, foi reafirmado pelo presidente "É um programa que permite a incorporação de milhares de famílias na geração de combustíveis. Além disso, no dia 18 de maio, em Brasília também anunciamos outro tipo de produção inovadora, o H-biodiesel, que vai usar o óleo vegetal diretamente na refinaria para produzir um óleo de melhor qualidade".
Ainda nesse contexto, o presidente enumerou as rotas tecnológicas da Petrobras na produção de biocombustiveis. "Temos três rotas tecnológicas relacionadas à produção vegetal: gerar grãos e dos grãos produzir biodiesel, gerar biodiesel a partir do óleo vegetal e produzir diesel a partir da mistura do óleo vegetal ao petróleo".
A Petrobras também planeja ampliar a diversificação da produção de combustíveis, na cidade de Candeias (Bahia), Montes Claros (MG), em Quixadá (CE). "Ampliar a diversificação da produção de combustíveis é uma tarefa fundamental. Por isso, além dessas plantas em Guamaré, temos um projeto para iniciar a produção em escala industrial, na cidade de Candeias (Bahia), Montes Claros (MG), em Quixadá (CE). Nessas cidades os benefícios, aqui em fase piloto, serão ainda maiores, porque serão plantas industriais que aplicarão os conhecimentos desenvolvidos nessa planta piloto daqui". (Fonte: Petrobrás)
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"H-bio": nova tecnologia para a produção de óleo diesel
Um novo processo para a produção de óleo diesel a partir do processamento de óleo vegetal em suas refinarias, chamado de H-Bio, foi testado e aprovado pela Petrobras e será desenvolvido como opção ao suprimento de diesel já a partir dos próximos 2 anos.
Resultado de pesquisas desenvolvidas pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes) nos últimos 18 meses, este processo de refino utiliza óleo vegetal como insumo para a obtenção de óleo diesel, através da hidrogenação de uma mistura de óleo vegetal e óleo mineral. Testes industriais recentes, realizados na Refinaria Gabriel Passos (Regap), confirmaram a viabilidade técnica e comercial do processo, cujo registro de patente já foi solicitado ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, citou entre as principais vantagens da inovação o extraordinário impacto social que o aumento da demanda por soja e demais grãos provocará nas áreas rurais do País e, por extensão, na agroindústria nacional. Também destacou, como fato relevante, a progressiva redução das importações de diesel a partir do crescimento da oferta de H-Bio no mercado. "A consolidação dessa nova opção de combustível dará ao País mais tranqüilidade no abastecimento interno, com uma alternativa de melhor qualidade que a atualmente utilizada", afirmou ele, comentando que já podemos dizer que “vamos plantar diesel no Brasil.”
As principais vantagens deste novo processo industrial são as seguintes: 1- permite o uso de óleos vegetais de diversas origens; 2- não gera resíduos a serem descartados; 3- incrementa a qualidade do óleo diesel, diminuindo o percentual de enxofre; 4- complementa o programa de utilização de biomassa na matriz energética, gerando benefícios ambientais e de inclusão social; 5- flexibiliza a composição da mistura (carga) a ser processada na unidade de hidrotratamento (HDT) e otimiza a utilização das frações de óleo diesel na refinaria; 6- perspectiva de minimização de testes veiculares e laboratoriais, sendo o produto final o próprio diesel, já utilizado pela frota nacional; 7- Tem os mesmos requisitos de manuseio e estocagem do óleo diesel atual.
O diretor da empresa ressaltou que o processo de implantação e consolidação da nova tecnologia do H-Bio acontecerá em duas etapas: na primeira (2007 a 2008), o desenvolvimento da logística de produção acontecerá em duas refinarias, a Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais, e a Repar, no Paraná. No médio prazo (2009 a 2011), a estrutura necessária se estenderá às demais refinarias que apresentem viabilidade de implantação. Para ilustrar, citou como exemplo a Reduc, que está localizada em uma área mais distante das regiões produtoras de grãos, e que merecerá um estudo à parte: "Cada refinaria será um caso específico", explicou.
Como a descoberta é muito recente, ainda não existe estimativa do total de investimentos necessários para viabilizar a produção do H-Bio em escala industrial. As adaptações ocorrerão em duas frentes. A primeira, que exigirá aporte menor, demandará estudos para implantação da infra-estrutura de transporte e armazenamento do óleo vegetal. A partir de agora, a Petrobras negociará contratos de suprimento com produtores de soja e acompanhará o desempenho de suas cotações na Bolsa de Chicago. A segunda frente de investimentos ocorrerá no exame das quantidades necessárias de hidrogênio nas refinarias para atendimento à hidrogenação nas unidades de hidrotratamento (HDT).
Costa acrescentou que o novo processo não compete com o de refino de petróleo para obtenção de óleo diesel nem com o programa de biodiesel, uma vez que essas iniciativas são complementares e visam aumentar a oferta de óleo diesel no País, reduzindo as necessidades de importação do produto. (Fonte: Petrobrás)
"Os dois programas (o do biodiesel e o do H-Biodiesel) são complementares, porque possuímos rotas tecnológicas, áreas geográficas e logísticas de distribuição diferentes. O país vai continuar com o programa do biodiesel e a Petrobras está entrando agora no projeto do H-Biodiesel". (da Agência Brasil, repórter Nielmar de Oliveira)
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País poderá reduzir importação em 250 milhões de litros de diesel
Os 10% de adição de óleo vegetal ao óleo diesel mineral levariam o País a reduzir as importações em 250 milhões de litros de óleo diesel, estima a Petrobras. O valor foi calculado sobre o total de diesel importado em 2005 – 2,7 bilhões de litros – volume necessário para complementar o demanda interna do produto.
Ao destacar as novidades do novo combustível, o diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em entrevista coletiva, citou as vantagens de cunho social, ambiental e também de dependência externa do diesel. "Associados, os programas do biodiesel e do H-Bio trarão benefícios sociais enorme para o País, com geração de emprego (fixando e trazendo desenvolvimento para as áreas rurais), maior segurança na complementação da produção e na redução das importações, além do caráter ecológico dos projetos: ao contrario dos combustíveis fósseis, não emitem enxofre na atmosfera".
O diretor da Petrobras disse que os investimentos necessários para o desenvolvimento e a implementação do novo projeto serão diferentes em cada refinaria. Para ele, no entanto, o custo será "muito baixo e o projeto de fácil implementação". (da Agência Brasil, repórter Nielmar de Oliveira)
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Programa do biodiesel não será interrompido, diz Roberto Rodrigues
A adição de 10% de óleos vegetais ao óleo diesel, anunciada pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, não interromperá o processo de fabricação do biodiesel: "Os processos são complementares, o programa do biodiesel seguirá normalmente", informou o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que também participou da reunião.
O novo tipo de combustível, batizado de H-bio, utilizará óleos extraídos da mamona, do girassol, do dendê e da soja, entre outros, o que reduzirá a importação de óleo diesel e contribuirá para a qualidade ambiental. A mistura será feita diretamente nas refinarias.
"O H-bio é um produto inovador. Com ele, o Brasil sai na vanguarda. Vai impactar muito positivamente na indústria brasileira. Com este novo processo, será possível reduzir a dependência em petróleo. É um casamento da indústria do petróleo com o agronegócio", disse Roberto Rodrigues, ao lembrar que há 30 anos o Brasil criou o álcool combustível, o que representou uma revolução para o País.
Segundo o presidente da Petrobras, a expectativa é de que em 2007 já sejam produzidos cerca de 256 mil metros cúbicos e no ano seguinte, cerca de 425 mil metros cúbicos. Gabrielli informou que já foram realizados diversos testes comerciais com o H-bio, tanto em laboratório quanto em refinaria, e que foi possível comprovar que o novo produto é economicamente viável, pois tem um custo muito inferior ao do diesel importado. “A produção”, garantiu Gabrielli, “não implicará custo adicional para a estatal.” (da Agência Brasil, repórter Ana Paula Marra)
quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
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