quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Agricultura familiar abastecerá fábrica de biodiesel

A produção de matéria-prima para abastecer a planta de biodiesel que a Petrobras está construindo em Candeias foi centro das discussões da reunião realizada hoje (5) entre o superintendente de Agricultura Familiar da Secretaria da Agricultura, Ailton Florêncio, e representantes da estatal. Pelo menos metade do suprimento da unidade, com capacidade de produzir 50 mil toneladas de biocombustível ao ano, será adquirido dos agricultores familiares. A Seagri entra como parceira neste processo, através da articulação com outras secretarias de Estado e instituições de pesquisa e extensão para organizar, mobilizar e assistir os produtores.

“Para o secretário Geraldo Simões, o cultivo de grãos voltado para produção de biodiesel é uma das diretrizes prioritárias no âmbito da agricultura familiar”, diz Florêncio. Ele informa que a superintendência de Agricultura Familiar terá uma coordenação específica para tratar do biodiesel. “Consideramos que esta é uma grande oportunidade para elevação da renda e melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares, especialmente do semi-árido e região da lavoura cacaueira, áreas que sofrem com a pobreza e a crise econômica”, diz Florêncio.

Amendoim, mamona, dendê, algodão, girassol e pinhão-manso estão entre as alternativas de cultivo pelos pequenos agricultores para gerar matérias-primas a serem utilizadas na produção de biocombustível pela Petrobras. A unidade, cujas obras de terraplenagem começam ainda este mês, vai consumir, anualmente, 50 mil litros de óleo vegetal e produzir a mesma quantidade em forma de biocombustível.

A estimativa da Petrobras é que cerca de 25 mil famílias de agricultores serão beneficiadas na Bahia com a implantação da fábrica. Segundo os representantes da empresa George Mendes, responsável pela planta de Candeias, e José Maria Dutra e Humberto Guanaes, que cuidam do suprimento da unidade, já está garantido que agricultura familiar vai suprir a fábrica com até 50% de matéria-prima. Eles adiantam ainda que a cota pode ser maior, de acordo com a capacidade de produção dos agricultores e aumento do percentual de biodiesel na composição dos combustíveis.

Fonte: Jornal da Mídia - Nacional

Agência UDOP de Notícias

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