A comissária para a Agricultura e Desenvolvimento Rural, a dinamarquesa Mariann Fischer Boel, garantiu em Copenhaga que a União Europeia está a promover os biocombustíveis. Apesar dos fracos resultados, acredita que será alcançada a meta dos dez por cento de biocombustíveis em 2020.
Falando sexta-feira na conferência “Parte da Solução: biocombustíveis na UE”, Boel disse que este tipo de combustíveis “são a nossa única verdadeira esperança para reduzir, significativamente, a dependência do petróleo no sector dos transportes nos próximos 15 anos”.
Actualmente, a UE importa 50 por cento da energia que precisa mas, em 2030, essa dependência pode chegar aos 65 por cento, lembrou a comissária.
“Já passámos da primeira página do primeiro capítulo” mas, apesar de termos as políticas, ainda “não chegámos onde queríamos”, alertou Boel, lamentando que os biocombustíveis sejam a forma de energia renovável mais cara. “Claramente, é preciso fazer mais. E, de facto, já estamos a agir”.
Boel referiu a Directiva dos Biocombustíveis de 2003 e o Plano de Acção para a Biomassa, de 2005. Também a Política Agrícola Comum contribui para atingir a meta dos biocombustíveis, nomeadamente, ao prever ajudas específicas ao cultivo de espécies agrícolas utilizadas na produção destes produtos.
A comissária salientou ainda os avanços científicos sobre biocombustíveis de segunda-geração.
Em 2005, a UE produziu cerca de quatro milhões de toneladas de biodiesel e bioetanol, quando em 2004 esse número foi de 2,4 milhões. Para o futuro, a Comissão deverá importar biocombustíveis de produções sustentáveis.
A Comissão Europeia quer que, em 2020, a UE obtenha 20 por cento da sua energia a partir de fontes renováveis. Actualmente, a percentagem é de menos de sete por cento.
Fonte: PUBLICO.PT 15.01.2007 - 20h58
terça-feira, 16 de janeiro de 2007
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