O biocombustível é -indubitavelmente- a salvação da maquinaria brasileira, ante a futura capitulação do vetusto petróleo, preste a perder seu longo reinado de mais de 200 anos.
O tema, para muita gente, ainda é novidade, pois os incrédulos não acreditam que a dúzia de sementes vegetais que são utilizadas, se transforme em combustível com o fim de alimentar os diversos tipos de motores e máquinas operatrizes.
Assim, o que vem a ser um biocombustível?
Em primeira perspectiva, o setor mais cobiçado do agronegócio - em função das energias renováveis- é a combinação de oleaginosas para a formação do elemento biocombustível na produção agrícola e industrial cuja atividade está crescendo em ritmo surpreendente e rápido. E assim:
1.“O biodiesel é um produto ainda jovem no Brasil, mas que amadurece com pressa. Com dois anos do programa nacional para o combustível, já temos 17 empresas envolvidas em 28 projetos no setor e 30 mil agricultores incluídos. As usinas operam com produção estimada em 800 milhões de litros por ano, mas com a entrega ao mercado feita em etapas.
A previsão é de que, até 2008, quando 200 mil produtores devem ter aderido ao segmento, o país chegar a um bilhão de litros. Hoje já há veículos brasileiros rodando com o combustível, o chamado B2, mistura de 2% de biodiesel e 98% de diesel comum. A meta do governo é de que, em dois anos, todos os veículos a diesel usem essa composição. A partir de então, a adição de biodiesel será de 5%”(globo rural, novembro 2006, nº 253 )
2.O Brasil foi pioneiro ao transformar a cana de açúcar em etanol para adicionar à gasolina dos veículos. E agora, outra historia se repete com o biodiesel, que é um combustível renovável e defensor do ambiente ante sua capacidade de brecar o aquecimento global, com a redução de bilhões de toneladas de gás carbônico despejados anualmente na atmosfera.
3.Mas a principal vantagem do novo combustível é o aproveitamento dos pequenos agricultores, utilizando oleaginosas conhecidas e amplamente cultivadas como o caso da soja e do algodão.
Aliás, além das duas sementes citadas, outras 13 espécies produzem óleos que podem ser transformadas em biodiesel. Tais como: A mamona, girassol, dendê, babaçu, amendoim, nabo forrageiro e a castanha.
4.Mas uma excrescência pode ser adicionada à lista supra: A utilização de sebo suíno, gordura animal, óleos usados de frituras e também, por incrível que pareça, pode-se manipular as fezes de galinha e esgoto sanitário.
5. Mas uma novidade excelente está sendo introduzida pelo pinhão manso.
Trata –se de um fruto novo, que à semelhança da Araucária só leva o nome pinhão, pois parece um pequeno pêssego, não obstante provir de uma árvore, e o dito fruto é utilizado para fabricar sabão e também como cerca-viva.
Seu uso é altamente recomendável pois o óleo de suas sementes vai além de 30%, não necessitando ser plantada todo ano e é resistente à seca,frutificando por mais de 40 anos!!!
6.Como vimos, o biocombustível que leva o nome de biodiesel é o assunto do momento, fervilhando na excelente oportunidade de iniciar uma nova etapa em nosso agronegócio, que será um grande protetor do ambiente, além de altamente rentável, principalmente para os pequenos produtores que poderão se associar em cooperativas, montando o próprio negócio e fabricando o óleo sem ter que vender a matéria-prima.
Será uma fórmula atraente de iniciar uma nova etapa nos negócios agrícolas, com beneficio para todos e para o ambiente. Wilson Luiz Bonalume, Ph.D. doutorado em ciências ambientais Fonte: Jornal do Meio Ambiente.
Dendê e a ecologia
A cultura do dendê é hoje, uma das mais importantes atividades agroindustriais das regiões tropicais úmidas e poderá no futuro, desempenhar papel ainda mais importante, por ser uma excelente fonte geradora de empregos no meio rural. Ao mesmo tempo, é considerada uma cultura com forte apelo ecológico, por apresentar baixos níveis de agressão ambiental, adaptar-se a solos pobres, protegendo-o contra a lixiviação e erosão e “imitar” a floresta tropical. A dendeicultura tem ainda, a capacidade de ajudar na a restauração do balanço hídrico e climatológico, contribuindo de forma expressiva na reciclagem e “seqüestro de carbono” e na liberação de O2 e rica fonte do óleo para e indústria de alimentos e planta de combustível limpo o biodiesel.
Sendo uma planta perene e de grande porte, o dendê quando adulto, oferece um perfeito recobrimento do solo, podendo ser considerado um sistema de aceitável estabilidade ecológica e baixos impactos negativos ao ambiente. A produção da planta inicia 3 anos após o plantio e sua produção é distribuída ao longo do ano, por mais de 25 anos consecutivos.
Neste contexto, o dendê é tido como uma das poucas opções agrícolas que pode tornar realidade o desenvolvimento sustentável, com ganhos ambientais, econômicos e progresso social, desde que disponha de uma política governamental que viabilize a dendeicultura. De fato, talvez seja uma das poucas opções agrícolas com rentabilidade assegurada e com vocação para a conservação ambiental. Este último aspecto, como conseqüência da utilização contínua das terras por 25 anos ou mais, e pelo atendimento das necessidades básicas da população que normalmente sobrevive da agricultura itinerante ou do extrativismo madeireiro, ambas atividades, de considerável capacidade de destruição da floresta, sem nenhuma geração de riqueza ou bem estar social.
Esta coluna é publicada na edição do final de semana e é elaborada sob a coordenação do médico veterinário Paulo César Cavaletti
cavaletti@vivax.com.br
quarta-feira, 6 de junho de 2007
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